BBC Brasil
"O presidente do Equador, Rafael Correa"
O presidente do Equador, Rafael Correa, foi reeleito neste domingo e conquistou seu terceiro mandato.
Segundo resultados parciais, Correa recebeu 57% dos votos, o que lhe garantiu a vitória já no primeiro turno.
Pelas leis eleitorais do país, para garantir uma vitória no primeiro turno é necessário obter 50% do total de votos, ou 40% mais uma margem de 10 pontos sobre o segundo colocado.
Logo após a divulgação dos primeiros resultados oficiais, o ex-banqueiro Guillermo Lasso, principal adversário de Correa no pleito e segundo colocado, com 24% dos votos, reconheceu a derrota.
As eleições deste domingo foram disputadas por oito candidatos à Presidência. Nenhum dos outros seis candidatos obteve mais de 6% dos votos.
Os equatorianos também elegeram 137 membros do Congresso.
Comemoração
Antes mesmo dos resultados oficiais e minutos após a divulgação das pesquisas de boca de urna, Correa comemorou a vitória em um discurso na sacada do palácio presidencial de Carondelet, em Quito.
O presidente agradeceu a seus seguidores o apoio e os votos recebidos.
'Recebemos com toda firmeza mais quatro anos de revolução. Muito obrigado a todos vocês', disse.
'Nada nem ninguém pode parar esta revolução.'
Este deverá ser o último mandato de Correa, já que a lei do Equador o impede de concorrer mais uma vez.
Trajetória
Economista nascido em Guayaquil, Correa, de 49 anos, assumiu a Presidência do Equador em 2007.
Durante seus dois primeiros mandatos, ele conquistou admiradores por garantir a estabilidade política em um país marcado por décadas de golpes e pelas ações de cunho social de seu governo.
No entanto, o presidente também é alvo de críticas e acusado de concentrar poderes e ser pouco tolerante.
Seus críticos dizem que ele implementou políticas com o objetivo de fortalecer seu poder e neutralizar a influência de adversários políticos e a imprensa privada.
Também afirmam que ele restringiu a iniciativa privada com impostos pesados e mudanças regulatórias, além de ter elevado os gastos do governo a níveis insustentáveis.
Popularidade
No entanto, a chamada 'Revolução Cidadã' levada adiante por Correa o tornou popular entre muitos equatorianos de baixa renda e garantiu o apoio de outros líderes de esquerda da América Latina.
A redução de 27% na taxa de pobreza desde 2006 e a ampliação do gasto público com programas sociais - na esteira da alta dos preços do petróleo - são os principais pilares de sustentação de seu governo e garantiram ao presidente um índice quase 70% de popularidade.
Durante seus seis anos no poder, Correa ampliou o acesso à saúde e à educação e promoveu obras para melhorar as condições de milhares de quilômetros de estradas, o que gerou muitos empregos.
As eleições deste domingo foram acompanhadas com atenção pelos países da região.
Segundo analistas, a vitória de Correa é vista pelo governo brasileiro como um passo importante para o fortalecimento do Mercosul e também pode abrir caminho para os negócios das grandes construtoras brasileiras no país andino.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC
"O presidente do Equador, Rafael Correa"
O presidente do Equador, Rafael Correa, foi reeleito neste domingo e conquistou seu terceiro mandato.
Segundo resultados parciais, Correa recebeu 57% dos votos, o que lhe garantiu a vitória já no primeiro turno.
Pelas leis eleitorais do país, para garantir uma vitória no primeiro turno é necessário obter 50% do total de votos, ou 40% mais uma margem de 10 pontos sobre o segundo colocado.
Logo após a divulgação dos primeiros resultados oficiais, o ex-banqueiro Guillermo Lasso, principal adversário de Correa no pleito e segundo colocado, com 24% dos votos, reconheceu a derrota.
As eleições deste domingo foram disputadas por oito candidatos à Presidência. Nenhum dos outros seis candidatos obteve mais de 6% dos votos.
Os equatorianos também elegeram 137 membros do Congresso.
Comemoração
Antes mesmo dos resultados oficiais e minutos após a divulgação das pesquisas de boca de urna, Correa comemorou a vitória em um discurso na sacada do palácio presidencial de Carondelet, em Quito.
O presidente agradeceu a seus seguidores o apoio e os votos recebidos.
'Recebemos com toda firmeza mais quatro anos de revolução. Muito obrigado a todos vocês', disse.
'Nada nem ninguém pode parar esta revolução.'
Este deverá ser o último mandato de Correa, já que a lei do Equador o impede de concorrer mais uma vez.
Trajetória
Economista nascido em Guayaquil, Correa, de 49 anos, assumiu a Presidência do Equador em 2007.
Durante seus dois primeiros mandatos, ele conquistou admiradores por garantir a estabilidade política em um país marcado por décadas de golpes e pelas ações de cunho social de seu governo.
No entanto, o presidente também é alvo de críticas e acusado de concentrar poderes e ser pouco tolerante.
Seus críticos dizem que ele implementou políticas com o objetivo de fortalecer seu poder e neutralizar a influência de adversários políticos e a imprensa privada.
Também afirmam que ele restringiu a iniciativa privada com impostos pesados e mudanças regulatórias, além de ter elevado os gastos do governo a níveis insustentáveis.
Popularidade
No entanto, a chamada 'Revolução Cidadã' levada adiante por Correa o tornou popular entre muitos equatorianos de baixa renda e garantiu o apoio de outros líderes de esquerda da América Latina.
A redução de 27% na taxa de pobreza desde 2006 e a ampliação do gasto público com programas sociais - na esteira da alta dos preços do petróleo - são os principais pilares de sustentação de seu governo e garantiram ao presidente um índice quase 70% de popularidade.
Durante seus seis anos no poder, Correa ampliou o acesso à saúde e à educação e promoveu obras para melhorar as condições de milhares de quilômetros de estradas, o que gerou muitos empregos.
As eleições deste domingo foram acompanhadas com atenção pelos países da região.
Segundo analistas, a vitória de Correa é vista pelo governo brasileiro como um passo importante para o fortalecimento do Mercosul e também pode abrir caminho para os negócios das grandes construtoras brasileiras no país andino.
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