domingo, 27 de julho de 2008

Para especialista, Equador não imita Venezuela e Bolívia na reforma constitucional

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A reforma constitucional do Equador, que foi aprovada em assembléia e pode se tornar a 20ª do país se ratificada em referendo popular, tem semelhanças em relação aos processos realizados nos últimos anos na Venezuela e na Bolívia, mas não segue o mesmo processo. É o que explica o professor de Ciência Política da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Simón Pachano.

“O Equador é um país que se parece consigo mesmo”, disse Pachano à Agência Brasil. Segundo ele, o país tem mania de mudar a Carta Magna. “Sempre que há problemas, crê-se que podem ser resolvidos reformando a Constituição”.

Por isso, ele afirma que, ainda que o novo texto tenha muitas semelhanças em relação às constituições boliviana e venezuelana, no Equador o processo segue o “mesmo modelo equatoriano seguido sempre”.

Uma das semelhanças reside na mudança no modelo econômico. “Se define um papel fundamental e central do Estado na economia, quer dizer, a economia deixa de ser de mercado, inclusive explicitamente [os constituintes] disseram assim, e a substitui por uma economia solidária”, explicou.

O presidente Rafael Corrêa já havia afirmado que o novo texto deve deixar a sociedade equatoriana mais justa. No entanto, para Simón Pachano, a intenção até pode ter sido essa, “mas vai depender muito das políticas públicas, da gestão política". "Me parece que o que se espera é um modelo de economia que busca dar mais força ao Estado, que coloca o planejamento estatal em um lugar central, definindo todo o resto da economia”.

Outra semelhança em relação à constituição venezuelana é o aumento dos poderes presidenciais. Já em relação à boliviana, há pontos parecidos no que se chama de “o bem viver”, que é tomar como critérios de organização da sociedade e da economia os saberes dos povos nativos e uma relação harmoniosa com a natureza. O projeto de reforma da Bolívia, ainda não referendado pela população, a transforma num país "multiétnico", com mais autonomia para os povos indígenas.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

LDU é recebida com festa em Quito após título da Libertadores


Reuters
Urrutia e Bauza deixam aeronave em Quito com a taça da Copa Libertadores nas mãos
LDU FATURA TÍTULO NOS PÊNALTIS

Das agências internacionais
Em Quito (EQU)

Como não poderia ser diferente, os jogadores da LDU tiveram uma recepção calorosa em sua chegada à capital equatoriana. O elenco campeão da Libertadores chegou nesta quinta-feira à noite em Quito e foi recebido com muita festa após a vitória nos pênaltis sobre o Fluminense da última quarta-feira, no Maracanã.


Após a aeronave do time pousar na base da Força Aérea Equatoriana, dezenas de pessoas romperam o cordão de segurança para se aproximar de Edgardo Bauza e Urrutia, primeiros a descer do avião com o troféu.

"O título prova que o Equador cresceu futebolisticamente. O triunfo é do país e não da LDU", salientou Delgado cercado por fãs. "Estamos contentes e desfrutando a vitória", agregou o atacante Bolaños.

Animada, a torcida se mostrou eufórica com a chegada dos jogadores da LDU. "É porque sempre vimos a Copa Libertadores pela televisão. Até que enfim temos a taça na nossa frente. Já tinha passado a hora de a equipe ganhar", justificou um dos torcedores.

O pouso da aeronave com os jogadores atrasou mais do que o esperado pela torcida, mas não diminuiu a animação das centenas de pessoas que compareceram à base para receber o time.

Neste fim de semana, a LDU festejará novamente a conquista e dará uma volta olímpica em seu estádio (Casa Blanca), depois de enfrentar o Emelec pelo campeonato nacional.

UOL NOTÍCIAS