quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Correa e Morales virão a Brasília para negociar adesão do Equador e da Bolívia ao Mercosul

| Agência Brasil
Convidados para a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, os presidentes Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) confirmaram presença, no próximo dia 7. Correa e Morales negociam as adesões do Equador e da Bolívia ao bloco. As negociações ainda estão no começo, segundo diplomatas que acompanham o assunto, e há ainda um processo longo a ser percorrido.Porém, com as articulações políticas avançadas, as demais etapas, como as avaliações técnicas e os detalhamentos, ocorrem naturalmente, de acordo com os diplomatas. Mas o processo leva tempo, em geral, anos. No caso da Venezuela, a inclusão no Mercosul começou a ser negociada em 2006 e só foi concluída em 2012.
A última etapa do processo de inclusão de um país no bloco é a assinatura do Protocolo de Adesão. O documento só é assinado depois de vencidas todas as etapas anteriores, como a definição dos aspectos técnicos, da nomenclatura, dos acordos e a aprovação do processo de ingresso pelos respectivos parlamentos – do país interessado em ingressar no bloco e dos membros titulares.
O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai – que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Há ainda os membros observadores: o México e a Nova Zelândia.
Com a entrada da Venezuela, o Mercosul passou a reunir 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul, cujo Produto Interno Bruto (PIB) totaliza US$ 3,3 trilhões, aproximadamente 83,2% do PIB sul-americano, em um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados ou 72% da região.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Equador quer ingressar no Mercosul


O presidente do Equador, Rafael Correa, determinou empenho de seus embaixadores nas negociações para adesão do país ao Mercado Comum do Sul (Mercosul). A exemplo da Venezuela, que se integrou recentemente, o Equador quer fazer parte do bloco e busca enquadrar-se nas normas, mas apela para ter um tratamento diferenciado, que leve em consideração a economia e o tamanho do país.
O embaixador do Equador no Brasil, Horacio Sevilla-Borja, disse à Agência Brasil que o esforço é para compatibilizar a participação do país na Comunidade Andina das Nações (CAN) e no Mercosul. A iniciativa foi exposta em uma reunião no mês passado, em Buenos Aires. A próxima conversa ocorre até 15 de setembro, em Quito, capital equatoriana.
“O Equador disse que ‘sim’, que interessa fazer parte do Mercosul. Mas não é simples. Temos muitas perguntas que ainda precisam de respostas, como a questão de compatibilizar as normas da CAN e do Mercosul e as possibilidades que serão dadas ao Equador”, disse Sevilla-Borja.
FONTE: DIARIO VERDE 

sábado, 18 de agosto de 2012

Presidente Correa rejeita 'ameaças grosseiras' do Reino Unido ao Equador


AFP Nunca, pelo menos enquanto eu for presidente, o Equador aceitará ameaças como as totalmente grosseiras e intoleráveis apresentadas pela Grã-Bretanha nesta semana", declarou o presidente durante seu relatório semanal apresentado na cidade de Loja.
O presidente do Equador, Rafael Correa, rejeitou neste sábado o que considerou como "ameaças grosseiras" do Reino Unido ao seu país, referindo-se a possibilidade da polícia britânica entrar em sua embaixada em Londres para deter o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange.
"Nós não vamos entregar a nossa soberania. Respeitando a todos, buscando sempre o diálogo, tomaremos decisões dignas e soberanas", acrescentou.
Na quarta-feira, o Equador informou que recebeu do governo britânico um documento que faz um alerta sobre a possibilidade das forças de segurança entrarem nas instalações de sua embaixada para prender e extraditar Assange, como requerido pela Suécia para responder a acusações de agressão sexual, que ele nega ter cometido.
Correa insistiu na denúncia, embora o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, tenha rejeitado essa versão.
"Não há nenhuma ameaça de invasão de uma embaixada. Estamos falando de uma lei do Parlamento deste país, que reforça que as embaixadas devem ser utilizadas em plena conformidade com o direito internacional", disse o ministro na quinta-feira.
Diante de dezenas de simpatizantes, Correa disse que, com "a iminência de uma possível entrada em nossa embaixada e o recebimento de uma ameaça explícita do Reino Unido", sua embaixadora em Londres, Ana Alban, "passou a dormir" na legação "para estar lá caso algo acontecesse".
Também, segundo declarações do chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, publicadas este sábado "o que tem que estar claro (...) é que a ameaça continua de pé, já que ninguém desmentiu a mesma, que não houve documento que demonstrasse um desconhecimento do primeiro ou uma desculpa pela ameaça proferida".
Em 19 de junho, Assange se refugiou na embaixada equatoriana em Londres e em 16 de agosto o Equador concedeu asilo diplomático.
Assange teme que ao chegar na Suécia seja extraditado para os Estados Unidos, onde é investigado por espionagem pela publicação de centenas de milhares de documentos secretos do Departamento de Estado.
O Equador convocou neste sábado seus aliados da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América) para uma reunião em Guayaquil para discutir as tensões com o Reino Unido.
SP/nn/ja/mr
Copyright AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados




AFP

domingo, 29 de julho de 2012



A refundação do Mercosul

A entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul - a ser formalizada na próxima terça-feira em Brasília – permite que o Mercosul reformule não apenas sua composição, mas ganhe novo impulso e ocupe todos os espaços da integração regional. Esse novo formato rompe com círculos viciosos que estavam fazendo o Mercosul girar em falso, pelas disputas comerciais por mercado entre grandes corporações privadas brasileiras e argentina. Com os outros dois países – Uruguai e Paraguai – marginalizados.

Enquanto isso os processos de integração regional – Unasul, Banco do Sul, Conselho Sulamericano de Defesa, Comunidade de Estados Latinoamericanos e do Caribe – avançavam. No começo da crise economica internacional, foi a Unasul que promoveu as reuniões dos governos sulamericanos para formular estratégias comuns de resistência aos efeitos recessivos da crise.

A solicitação de ingresso da Venezuela tinha sido aprovado no Congresso da Argentina, do Uruguai e do Brasil, ficando, há anos, bloqueada no Senado do Paraguai. Quando esse mesmo Senado promoveu o golpe branco que derrubou Fernando Lugo, os outros tres países do Mercosul, além de condenar o golpe, decidiram pelo ingresso da Venezuela, depois da suspensão do Paraguai como membro pleno.

O ingresso da Venezuela permitirá uma espécie de refundação do Mercosul, não apenas rompendo com o círculo vicioso apontado, mas também estendendo as esferas de integração para outras áreas, entre elas, a educação, a pesquisa, tecnologia, a comunicação, a cultura, os esportes, entre outros. Assim como, no próprio plano econômico, aprofundar as formas de integração.

Enfim, o Mercosul passa a poder expressar a força que a região tem demonstrado, ressaltada ainda mais pelo contraste com os países do centro do capitalismo, que seguem em crise e em recessão. Os países do Mercosul estão entre os países latino-americanos que priorizam a integração regional, as políticas sociais e um Estado ativo nos planos econômico e social.

O Mercosul, incorporando a terceira economia da América do Sul, torna-se um pólo econômico dinâmico no Sul do mundo. Deve incorporar a Bolívia e o Equador – que já solicitaram seu ingresso – como membros plenos, avançando na integração econômica regional.

Daí a importância da reunião da próxima terça-feira, uma das mais importantes em toda a historia do Mercosul e certamente a mais importante há muito tempo.
Postado por Emir Sader às 16:10

quarta-feira, 27 de junho de 2012



Resumo das Notícias Publicadas pelos Principais Jornais do País (Sinopse Radiobras), do Dia em que o Internauta Clicar no LINK abaixo:



Sempre que o leitor acessar um dos BLOGS do PAINEL DO PAIM, encontrará, à direita da página, os LINKs do GOOGLE NEWS (http://news.google.com/) e do site de EDSON PAIM NOTÍCIAS (http://www.edsonpaim.com.br/), cujo acesso 
No terceiro LINK de cada um dos 600 (ou 599) BLOGS DO PAINEL DO PAIM estamos a colocar sites relativos ao tema referido no nome do BLOG, com a finalidade de ampliar, ainda mais, o alcance do referido PAINEL.
EXEMPLO:
Como exemplo, colocamos abaixo os três LINKS inscritos no seguinte BLOG, onde o da RADIOBRAS ocupa o terceiro lugar:  


,

está inscrito como o terceiro LINK do seguinte Blog:

Resumo de Notícias dos Jornais (N. 119 da série de 600 Blogs do Painel 


Links

o que permitirá ao leitor o acesso ao BANCO DE NOTÍCIAS da RADIOBRAS, do dia em que clicar, dispensando a atualização diária, pelo  autor, pois torna o referido Blog e esta Postagem atualizaveis AUTOMATICAMENTE.

sábado, 23 de junho de 2012


Senado paraguaio aprova impeachment de Lugo (Josias de Souza)


Deu-se o esperado. O Senado do Paraguai aprovou nesta sexta (22) o impeachment de Fernando Lugo. O mandato do presidente foi passado na lâmina por 39 votos a 4. Dois senadores ausentaram-se do plenário. Do lado de fora, aguardava pelo resultado uma multidão de camponeses pró-Lugo.
O julgamento político seguiu o ritmo do toque de caixa. Aprovado na véspera pela Câmara –76 votos a 1— o impeachment passou no Senado também com folgas. Para que a guilhotina descesse, eram necessários 30 votos.
Acusado de “mau desempenho” no exercício da Presidência, Lugo absteve-se de comparecer ao Senado. Acompanhou a sessão desde o gabinete presidencial, no Palácio de Governo. Foi representado por um time de cinco advogados.
Dispunham de duas horas para fazer a defesa. Usaram uma hora e 45 minutos. O advogado Adolfo Ferreiro, que comandou o grupo, abriu sua exposição pedindo aos senadores que concedessem “uma prorrogação para a defesa, um prazo razoável”. Algo que atenuasse a atmosfera de linchamento político.
Os Senadores rejeitaram o pedido do advogado. Embora favorável ao impeachment, o senador Carlos Fillizzola, ex-ministro do Interior, também rogou aos colegas que adiassem o veredicto por 72 horas. Argumentou que, oferecendo mais tempo a Lugo, o Senado evitaria danos à imagem internacional do país. Foi ignorado.
Em pronunciamento feito na quinta (21), nas pegadas da decisão da Câmara, Lugo dissera que aceitaria o resultado do julgamento, enfrentando “todas as consequências”. Nesta sexta, o presidente falou à Rádio 10 Argentina. De novo, disse que acatará o resultado. Mas declarou que pretende açular a resistência.
Referiu-se ao processo político nos seguintes termos: “É preciso acatá-lo, é um mecanismo constitucional, mas a partir de outras instâncias organizacionais certamente decidiremos impor uma resistência para que o âmbito democrático e participativo do Paraguai vá se consolidando.”
Considera-se vítima de um golpe? “Não é mais um golpe de Estado contra o presidente, é um golpe parlamentar disfarçado de julgamento legal, que serve de instrumento para um impeachment sem razões válidas que o justifiquem.” Vai à poltrona de presidente o viceFrederico Franco.
- Atualização feita às 20h21 desta sexta (22): consumado o impeachment de Fernando Lugo, o vice Federico Franco já foi empossado como novo presidente do Paraguai. Foi recebido no Senado sob aplausos. Ao discursar, pregou a união nacional. Lugo tambémdiscursou ao despedir-se da Presidência. Disse que “a democracia foi ferida profundamente, de maneira covarde, de maneira aleivosa.”

sexta-feira, 22 de junho de 2012




A crise no Paraguai e a estabilidade continental 

Jornal do BrasilMauro Santayana 
Toda unanimidade é burra, dizia o filósofo nacional Nelson Rodrigues. Toda unanimidade é suspeita, recomenda a lucidez política. A unanimidade da Câmara dos Deputados do Paraguai, em promover o processo de impeachment contra o presidente Lugo, seria  fenômeno político surpreendente, mas não preocupador se não estivesse relacionado com os últimos fatos no continente.
Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner enfrenta uma greve de caminhoneiros, em tudo por tudo semelhante à que, em 1973, iniciou o processo que levaria o presidente Salvador Allende à morte e ao regime nauseabundo de Augusto Pinochet. Hoje, todos nós sabemos de onde partiu o movimento. Não partiu das estradas chilenas, mas das maquinações do Pentágono e da CIA. Uma greve de caminhoneiros paralisa o país, leva à escassez de alimentos e de combustíveis, enfim, ao caos e à anarquia. A História demonstra que as grandes tragédias políticas e militares nascem da ação de provocadores.




O Paraguai, neste momento, faz o papel do jabuti da fábula maranhense de Vitorino Freire. Ele é um bicho sem garras e sem mobilidade das patas que o faça um animal arbóreo. Não dispõe de unhas poderosas, como a preguiça, nem de habilidades acrobáticas, como os macacos. Quando encontrarmos um quelônio na forquilha é porque alguém o colocou ali.
No caso, foram o latifúndio paraguaio — não importa quem disparou as armas — e os interesses norte-americanos. Com o golpe, os ianques pretendem puxar o Paraguai para a costa do Pacífico, incluí-lo no arco que se fecha, de Washington a Santiago, sobre o Brasil.  Repete-se, no Paraguai, o que já conhecemos, com a aliança dos interesses externos com o que de pior há no interior dos países que buscam a igualdade social. Isso ocorreu em 1954, contra Vargas, e, dez anos depois, com o golpe militar.
Não podemos, nem devemos, nos meter nos assuntos internos do Paraguai, mas não podemos admitir que o que ali ocorra venha a perturbar os nossos atos soberanos, entre eles os  compromissos com o Mercosul e com a Unasul. Mais ainda: em consequência de uma decisão estratégica equivocada do regime militar, estamos unidos ao Paraguai pela Hidrelétrica de Itaipu. O lago e a usina, sendo de propriedade binacional, se encontram sob uma soberania compartida, o que nos autoriza e nos obriga a defender sua incolumidade e o seu funcionamento, com todos os recursos de que dispusermos.
Esse é um aspecto do problema. O outro, tão grave quanto esse, é o da miséria, naquele país e em outros, bem como em bolsões no próprio território brasileiro. Lugo pode ter, e tem, todos os defeitos, mas foi eleito pela maioria do povo paraguaio. Como costuma ocorrer na América Latina, o povo concentrou seu interesse na eleição do presidente, enquanto as oligarquias cuidaram de construir um Parlamento reacionário. Assim, ele nunca dispôs de maioria no Congresso, e não conseguiu realizar as reformas prometidas em campanha.
Lugo tem procurado, sem êxito, resolver os graves problemas da desigualdade, da qual se nutriram líderes como Morínigo e ditadores como Stroessner. Por outro lado, o Parlamento está  claramente alinhado aos Estados Unidos — de tal forma que, até agora, não admitiu a entrada da Venezuela no Tratado do Mercosul.
O problema paraguaio é um teste político para a Unasul e o conjunto de nações do continente. As primeiras manifestações  —  entre elas, a da OEA  —  são as de que não devemos admitir golpes de Estado em nossos países. Estamos, a duras penas, construindo sistemas democráticos, de acordo com constituições republicanas, e eleições livres e periódicas.
Não podemos, mais uma vez, interromper esse processo a fim de satisfazer aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, associados à ganância do sistema financeiro internacional e das corporações multinacionais, sob a bandeira do neoliberalismo.
Os incidentes na fronteira do Paraguai com o Brasil, no choque entre a polícia e os camponeses que ocupavam uma fazenda de um dos homens mais ricos do Paraguai, Blas Riquelme, são o resultado da brutal desigualdade social naquele país. Como outros privilegiados paraguaios, ele recebeu terras quase de graça, durante o governo corrupto e ditatorial de Stroessner e de seus sucessores.
Entre os sem-terra paraguaios, que entraram na gleba, estavam antigos moradores na área, que buscavam recuperar seus lotes. Muitos deles pertencem a famílias que ali viviam há mais de cem anos,  e foram desalojados depois da transferência ilegítima da propriedade para o político liberal. E há, ainda, uma ardilosa inversão da verdade.
A ação policial contra os camponeses era, e é, de interesse dos oligarcas da oposição a Lugo, mas eles dela se servem para acusar o presidente de responsável direto pelos incidentes e iniciar o processo de impeachment. É o cinismo dos tartufos, semelhante ao dos moralistasdo Congresso brasileiro, de que é caso exemplar um senador de Goiás.




Quando encerrávamos estas notas, a comissão de chanceleres da Unasul, chefiada pelo brasileiro Antonio Patriota, estava embarcando para Assunção a fim de acompanhar os fatos. Notícias do Paraguai davam conta de que os chanceleres não serão bem recebidos pelos que armaram o golpe parlamentar contra Lugo, e que se apressam para tornar o fato consumado  —  enquanto colunas do povo afluem do interior para Assunção a fim de defenderem o que resta do mandato de Lugo.
Tudo pode ocorrer no Paraguai  —  e o que ali ocorrer nos afeta;  obriga-nos a tomar todas as providências necessárias a fim de preservar a nossa soberania, e assegurar o respeito à democracia republicana no continente.

Tags: caminhoneiros, impeachment, lucidez política, lugo, paraguai, unanimidade

quinta-feira, 21 de junho de 2012


El Parlamento comienza a tratar el juicio político al presidente Lugo (Posteado por Walter Morel Noguera, desde Asunción)


La Cámara de Diputados comenzó a tratar el juicio político al presidente Fernando Lugo por mal desempeño. Tras la aprobación sobre tablas de la propuesta, comenzaron las argumentaciones.


Inmediatamente después del anuncio del PLRA de apoyar el juicio político -el miércoles lo hizo el Partido Colorado- comenzó a correr la acción. El Partido Patria Querida se unió a la misma iniciativa y en sesión extraordinaria la Cámara Baja trata el tema.
Mientras, en Palacio de Gobierno, Lugo se reúne con los comandantes de las tres armas de la milicia y con su secretario Miguel López Perito. Inicialmente se anunció que aguardaría conocer los argumentos de acusación en su contra, pero a medida que pasan las horas no se descarta una eventual dimisión.
Los diputados argumentan negligencia del presidente al mantener en el Ministerio del Interior a un "inepto" como Carlos Filizzola. También lo acusan de complicidad con los carperos, propiciando el enfrentamiento que dejó 11 campesinos y 6 policías muertos en Campo Morombí.
"Fernando Lugo y sus ministros López Perito y Esperanza Martínez han querido equiparar a los criminales con los policías", dijo en parte de la argumentación el diputado Justo Cárdenas (ANR).
En su argumentación, Cárdenas citó ocho puntos -entre ellos la masacre de Curuguaty- para iniciar el proceso de juicio político al mandatario.
LO QUE DICE LA CONSTITUCIÓN SOBRE EL JUICIO POLÍTICO
ARTICULO 225 - DEL PROCEDIMIENTO
El Presidente de la República, el Vicepresidente, los ministros del Poder Ejecutivo, los ministros de la Corte Suprema de Justicia, el Fiscal General del Estado, el Defensor del Pueblo, el Contralor General de la República, el Subcontralor y los integrantes del Tribunal Superior de Justicia Electoral, sólo podrán ser sometidos a juicio político por mal desempeño de sus funciones, por delitos cometidos en el ejercicio de sus cargos o por delitos comunes.
La acusación será formulada por la Cámara de Diputados, por mayoría de dos tercios. Corresponderá a la Cámara de Senadores, por mayoría absoluta de dos tercios, juzgar en juicio público a los acusados por la Cámara de Diputados y, en caso, declararlos culpables, al sólo efecto de separarlos de sus cargos, En los casos de supuesta comisión de delitos, se pasarán los antecedentes a la justicia ordinaria.

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Candia Amarilla decide suspender el espionaje telefónico desde Interior (Posteado por Walter Morel, desde Asunción)


El secretario de Estado revela lo que era un secreto a voces: que en el Ministerio del Interior operaban equipos para escuchar y grabar conversaciones telefónicas ajenas. Dice que le preocupa la legalidad.



Entre las novedades encontradas al asumir su cargo como nuevo ministro del Interior, el ex fiscal general Rubén Candia Amarilla admite que le sorprendió encontrarse con un sofisticado sistema de escuchas y grabación de conversaciones telefónicas ajenas, instalado y operando en el ámbito de la Secretaría del Estado.
"Me incomoda haber encontrado y tener esos equipos de escuchas telefónicas instalados en el ámbito del Ministerio del Interior, porque creo que no es la instancia desde donde deberían operarse", reconoció anoche el ministro, en diálogo con Última Hora.
El dato fue revelado inicialmente ayer, durante una entrevista en el programa Al diablo la siesta, en Radio Primero de Marzo. "Son equipos nuevos para realizar escuchas telefónicas, que se han instalado en el Ministerio del Interior, cuando no son facultades operativas de este Ministerio realizar este tipo de tareas", dijo Candia Amarilla.
ESPIONAJE. El secretario de Estado dijo desconocer si los equipos se utilizaron o no para realizar espionaje político a favor del Gobierno, durante la administración de su antecesor, Carlos Filizzola.
"Estamos tratando de certificar los orígenes y la propiedad de cada uno de esos equipos. Entendemos que en principio todo está dentro del rigor de lo que disponen habitualmente en sedes jurisdiccionales, en que las escuchas telefónicas se realizan con órdenes emanadas de un juez, pero todo depende del operador del sistema", explicó el ministro.
No quiso entrar en detalles sobre la características de los equipos, si se utilizan tanto para grabar conversaciones por teléfono de línea baja, como también de teléfonos celulares.
"Son equipos de buena tecnología, que están disponibles en el mercado especializado de la seguridad. Mientras estuve al frente de la Fiscalía siempre hemos solicitado adquirir equipos de esta índole, pero nunca los pudimos tener", refirió.
SUSPENSIÓN. Por el momento, los equipos de espionaje telefónico no se encuentran operando, como presumiblemente estuvieron funcionando durante la administración anterior de Filizzola, mientras se realiza un estudio a fondo acerca de la situación.
"Sobre el Ministerio del Interior existe una imagen instalada, que no debería reforzarse con exponerse a situaciones como esta. Sería preferible que estos equipos se utilicen en otros ámbitos, con las garantías de que se realicen con el debido soporte legal. Estudiaremos si no es mejor traspasarlos a otra institución", planteó Candia Amarilla.
Dijo que no se encuentra en condiciones de sostener que se hayan realizado escuchas y grabaciones ilegales de conversaciones telefónicas ajenas desde el Ministerio del Interior, pero que sería preferible que dichos equipos estén en otra parte.
"No queremos que el Ministerio del Interior sea un jefe de policía guasu (grande) para la ciudadanía. Queremos recuperar la institucionalidad y el respeto, contribuir con un manejo transparente en este delicado momento de la vida nacional", enfatizó Candia Amarilla.
FILIZZOLA NO RESPONDE.. El anterior ministro del Interior, Carlos Filizzola, no respondió a los insistentes requerimientos de Última Hora sobre la denuncia de su sucesor.
Desde que fue destituido, tras los trágicos sucesos de Curuguaty, Filizzola desapareció de la escena política y no accede a entrevistas periodísticas.

terça-feira, 19 de junho de 2012


Fiscala que investigaba masacre de Curuguaty se aparta del caso por amenazas de muerte (Posteado por Walter Morel Noguera, desde Asunción)


La fiscala Ninfa Aguilar que se encontraba a cargo de la investigación de la masacre ocurrida el viernes pasado en Curuguaty, decidió este martes apartarse del caso porque recibió varias amenazas de muerte y ya no tiene garantías para seguir trabajando, aseguró.



Según un informe de la Monumental 1080 AM, la agente del Ministerio Público indicó que Curuguaty está sitiada y que lo ocurrido en la estancia Morombi, es solo el inicio de varias ocupaciones que se darán en el lugar y que de acuerdo a las amenazas que recibió, ella podría ser el próximo blanco en cualquiera de las manifestaciones campesinas.
La fiscala, que ya no se acercó a la fiscalía de Curuguaty este martes, ya cuenta con custodia policial y espera que el fiscal general del Estado decida a qué lugar va a trasladarla.
Señaló que no se trata tanto de temor sino más bien de falta de garantías y que en esas condiciones, ella no puede seguir ejerciendo ya que tiene muchos hijos que la necesitan.
Un nuevo equipo fiscal se conformó en el lugar, encabezado por la agente Juliana Giménez Portillo de Ciudad del Este, quien ya se encuentra en la ciudad de Curuguaty.

segunda-feira, 18 de junho de 2012


Protocolo de desalojo queda sin efecto, anuncia ministro del Interior (Posteado por Walter Morel Noguera, desde Asunción)


El Ministerio del Interior dejó sin efecto el protocolo de procedimientos para desalojos, indicó este lunes en Palacio de Gobierno el ministro Rubén Candia Amarilla, tras reunirse con el presidente Fernando Lugo.


"Para el Ministerio del Interior ha quedado sin efecto", indicó escueto el secretario de Estado ante consultas de la prensa, al referirse a la normativa que había surgido bajo la administración de su antecesor Carlos Filizzola, destituido por el Ejecutivo tras la matanza en Curuguaty donde murieron provisoriamente 11 campesinos y 7 policías.
Candia expresó que existe la suficiente razonabilidad de la ley como para estar reglamentándola e indicó que dejó en claro esta situación al mandatario.

domingo, 17 de junho de 2012


Dos policías se despidieron de sus familiares antes de morir (Posteado por Walter Morel Noguera, desde Asunción)


"Felicidades papá", dice la inscripción de una bufanda negra que el comisario Erven Lovera recibió de regalo de una de sus hijas y que iba lucir este domingo junto a su familia.




Por Wilson Ferreira / Ciudad del Este
"Él se estaba preparando para viajar el domingo (a Asunción donde reside con su familia)", comenta el comisario (también boina negra) José Almada, camarada del agente fallecido e instructor del Grupo Especial de Operaciones (GEO), quien aseguró que el viernes le toco vivir uno de los peores días en sus 27 años de carrera policial.
Almada relata que la bufanda estaba sobre el uniforme de Lovera, tendida sobre una silla en su despacho, junto a una foto de su esposa y sus hijas.
"Nos comentó sobre este regalo, que ahora lo encontramos acá al abrir la puerta de su despacho", señala al mencionar que se trata de una escena muy emotiva y dolorosa para toda la familia policial del Alto Paraná y en particular para las filas el GEO.
PREMONICIÓN. "Este regalo lo recibió creo que el miércoles de una de sus hijas, quien le dijo 'felicidades papá'. Antes de irse, el jueves de tarde, lo dejó ahí diciendo que a su vuelta iba a lucirlo este domingo, para compartir con sus hijas", relata.
"Me consta que antes de entrar en acción llamó a su esposa y a sus hijas, y de cada una se despidió expresando el gran amor que les tenía. A sus hijas les dijo que se cuiden, que obedezcan a la mamá y que el domingo (por hoy) iría para estar jugando con ellas como siempre. Quizás era una premonición, que es una capacidad innata e inconsciente que tenemos los humanos de saber que nuestro fin se está acercando", señaló el uniformado.
DESPEDIDA. El uniformado Wilson Cantero, uno de los abatidos el viernes luego de recibir un disparo a la altura del estómago, lado derecho, minutos antes de perder la vida tomó su teléfono y se despidió de sus esposa y su madre, recuerda el comisario Almada, quien también estuvo el viernes en la Colonia Yvyrá Pytá, Curuguaty.
"El caso de Cantero fue también muy atípico y demuestra la bravura del comando", menciona, al relatar que al recibir un impacto mortal y al caer al suelo, tomó el celular y llamó a sus familiares.
"A su esposa le pidió que orara por él: 'rezá por mí, amor', le dijo en guaraní. Le señaló que estaba muy mal herido y que no iba a salvarse. Le pidió que cuidara de sus hijos (La mujer dará a luz en dos semanas). Cortó enseguida y la misma cosa hizo con su madre. No es fácil, todavía llovían los disparos, heridos aquí y allá, gritos de dolor y él reportándose con sus seres queridos, despidiéndose a 300 kilómetros de su casa y en cumplimiento de un mandamiento judicial", rememora entre lágrimas el oficial el triste suceso ocurrido el viernes, que enluta a la Policía.

sábado, 16 de junho de 2012


Enfrentamiento en Curuguaty: Cifras oficiales arrojan 15 fallecidos 9 detenidos y alrededor de 20 heridos (Posteado por Walter Morel Noguera, desde Asunción)


Hasta el momento son 15 en total los fallecidos que engrosan la lista oficial de fallecidos en el enfrentamiento ocurrido en Curuguaty. Según el último informe fueron 6 los agentes policiales caídos y 9 campesinos. El médico forense Pablo Lemir presume que se trató de una emboscada.




POLICÍAS INTERNADOS


El último reporte de la Policía Nacional detalla que son 7 los agentes internados:
Alcibiades Benítez (19) Hospital Rigoberto Caballero
Nelson Zaracho (27) por traumatismo maxilar en el Centro de Emergencias Médicas
Antonio Gaona (29) Emergencias Médicas
Miguel Paredes (52) Hospital San Sebastián
Francisco José Morínigo (27) Rigoberto Caballero
Mariano Ojeda (22) Hospital 10 de Marzo, Coronel Oviedo
Inocencio González (31) Hospital 10 de Marzo, Coronel Oviedo

POLICÍAS FALLECIDOS


1. Sub. Crio. Maap. Even Lovera Ortiz
2. Of. Insp. Osvaldo Sánchez
3.Subofic. Insp. Jorge ALfirio Rojas Ferreira
4. Subofic. Insp. Os. Wilson David cantero González
5. Subofic. 2º Juan Gabriel Godoy Martínez
6. Subofic. 2º Derlis Ramón Benítez

CAMPESINOS FALLECIDOS


Según los informes más recientes una gran cantidad de campesinos fueron trasladados hasta la morgue, todos sin identificación, además todos estos los fallecidos quedaron en Curuguaty.
Hasta el momento los únicos identificados son Arnaldo Ruiz Díaz, Adelino Espínola y Rubén Villalba, este último habló con radio Fe y Alegría momentos antes de su muerte.
El médico forense Pablo Lemir en comunicación con la 1080 Monumental AM señaló que todos los cuerpos de los 6 policías abatidos presentan disparos de larga distancia, por lo tanto no descarta que haya sido una emboscada.
También acotó que esta madrugada se espera la llegada de 10 cuerpos más para ser identificados.
La lista de heridos llega a la suma de 20, la mayoría se encuentra internada en el hospital distrital de Curuguaty, Santaní y en el Hospital Policial Rigoberto Caballero de Asunción.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Alegre y Filizzola presentan proyecto político (Posteado por Walter Morel Noguera, desde Asunción)


La dupla conformada por Efraín Alegre y Rafael Filizzola presentó este jueves su proyecto político con miras al 2013. Hablaron de incluir a todos los sectores políticos.



El lanzamiento fue en el salón Joäo Avelange de la Conmebol, en Luque. Asistieron cerca de 3.000 personas.
Estuvieron presentes, la diputada Desirée Masi, el gobernador de Central Carlos Amarilla, el ganadero Fidel Zavala, entre otros.
Alegre dijo que no se aleja de su partido (PLRA) a pesar de todo y que busca una concertación con todos los sectores políticos incluidos socialistas y colorados.
Según Zavala, la dupla tiene muy buena capacidad de gestión.
Tanto Alegre como Filizzola fueron ministros (Obras Públicas e Interior) de Fernando Lugo y este jueves arrancan la carrera presidencialista.
Alegre sostiene que bajo ninguna circunstancia dejará el liberalismo.
"Creemos en una concertación y en una propuesta para ganar en el 2013. Tiene mucha receptividad y estamos muy entusiasmados", indicó.